Type | Conference Paper - XIX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP |
Title | Homicídio e Dinâmica Demográfica em Quatro Regiões Metropolitanas Brasileiras: Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP) (2000-2012) |
Author(s) | |
Publication (Day/Month/Year) | 2014 |
City | São Pedro |
Country/State | Brasil |
URL | http://abep.info/files/trabalhos/trabalho_completo/TC-5-16-346-388.pdf |
Abstract | No Brasil, a despeito dos avanços sociais recentemente observados (aumento da renda e da educação; redução do desemprego, da pobreza e da desigualdade) (IBGE, 2012), as taxas de homicídio juvenil masculino permanecem elevadas, figurando entre as maiores do mundo. Tal fato sugere uma necessidade de reavaliação a respeito dos principais processos e fatores intervenientes no aumento da violência juvenil homicida no Brasil. Para tanto, escolheu-se testar a validade recente de uma hipótese demográfica que, em décadas anteriores, foi utilizada para explicar as relações entre dinâmica da população, mercado de trabalho e a elevação do homicídio entre homens jovens. O recorte adotado foi por região metropolitana, sendo escolhidas quatro das seis RM cobertas pela PME (IBGE): RM de Recife, RM de Salvador, RM do Rio de Janeiro e RM de São Paulo. Os resultados revelam que a dinâmica demográfica recente (2002/2012), caracterizada pela diminuição absoluta e proporcional de homens jovens, não tem sido devidamente acompanhada por melhorias nas condições de emprego/desemprego, em duas das quatro RM avaliadas. Da mesma forma, as taxas de homicídio juvenil masculino não apresentaram um decréscimo generalizado, como era de se esperar, aparecendo a RM de Salvador como grande exceção. Feitas essas considerações, conclui-se que a hipótese demográfica faz sentido para as RM de São Paulo e de Recife, mas não se apresenta adequada para as RM de Salvador e do Rio de Janeiro (2002-2012). Tais resultados levaram à outra conclusão: que em cada RM considerada o mercado de trabalho apresenta características e comportamentos peculiares, fato que deve ser necessariamente considerado, tanto em suas relações com a dinâmica demográfica quanto independentemente das alterações no volume e na composição da população. |