Abstract |
Ao longo da história ocorreram diversas transformações na zona rural, particularmente no que diz respeito ao mercado de trabalho. Uma das mais importantes foi o fenômeno que se tornou conhecido como “Novo Rural” ou “Ruralidade”. Muitas pessoas residentes na zona rural passaram a desempenhar atividades não ligadas ao setor agrícola, um fato que passou a ser denominado de “Pluriatividade”. Assim, com o objetivo de contribuir com o tema, este estudo se propôs a fazer uma análise estatística das características dos trabalhadores que residem na zona rural no Estado de Santa Catarina, mas que desenvolvem atividades não agrícolas. Para tanto, foram utilizados os dados da PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2011. As principais conclusões são: de 571.511 trabalhadores, 43,92% residem na zona rural e desempenham atividades não agrícolas; 36,86% destes trabalhadores concentram-se suas atividades no setor industrial da economia; a maioria é do sexo masculino e o nível de escolaridade predominante é de 9 a 11 anos. No que se refere à renda recebida por estes trabalhadores notou-se que o salário predominante é de 1,0 a 1,5 salários mínimos. Em relação às famílias onde pelo menos um de seus membros desenvolve algum tipo de atividade não agrícola, notou-se que de um total de 443 mil famílias residentes na zona rural, 208 mil dedicam-se somente à atividades agrícolas, 156 mil a atividades não agrícolas e 79 mil famílias possuem membros que desempenham atividades agrícolas e não agrícolas. Percentualmente estes totais representam 47%, 35% e 18%, respectivamente. São estes 18% que a literatura denomina de “famílias pluriativas”. Em vista do exposto, conclui-se que o trabalhador ali inserido tende a estudar mais; tem um rendimento salarial melhor e melhores condições de vida. Porém, é necessário se observar os pontos fortes de cada região, investir em pesquisas locais que estimulassem o interesse de outras pessoas por essa atividade, criando a infraestrutura necessária. |