A busca pela inserção no mercado de trabalho tem promovido uma maior demanda por educação no Brasil nas últimas décadas. Diante das diversas modificações do mercado de trabalho, diversos estudos comprovam que o aumento da escolaridade se reverte em maiores rendimentos do trabalho. Porém, a demanda por educação não ocorre de forma homogênea entre os indivíduos. Dentro deste contexto, o objetivo do artigo é determinar os fatores que afetam a demanda dos indivíduos por educação. A metodologia empregada constituiu no uso de regressões quantílicas, tendo como base de dados às informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do ano de 2011sobre os indivíduos acima de 18 anos residentes no estado de Minas Gerias. A escolha deste estado se justifica pela densidade de sua população estudantil. A partir das variáveis gênero, cor, renda, estado civil, número de horas trabalhadas semanalmente e carteira assinada, os resultados indicam que indivíduos que possuem maior responsabilidade financeira e que não possuem algum tipo de estabilidade tendem a optar por menos anos de estudo, contribuindo para a manutenção da desigualdade de renda.