Abstract |
Em se tratando do tipo de intervenções e das tipologias construtivas que vem sendo implantadas nos últimos anos, para a habitação social, o atual panorama habitacional brasileiro aponta para um ciclo reprodutivo da segregação e da desigualdade. Entende-se que este é um momento de retomada dos modelos de urbanização anteriores à década de 1980, com intervenções pontuais e a construção de conjuntos habitacionais sem considerar as necessidades especificas da população beneficiada e o espaço urbano adequado à vida humana e ambientalmente sustentável. No período entre os anos de 2007 e 2012 na participação em projetos em Osasco e eventos relacionados à urbanização de favelas, como o Concurso Morar Carioca no Rio de Janeiro e o Renova SP, pode-se identificar: 1) A descaracterização das unidades habitacionais construídas; 2) A ampliação de diversos assentamentos com a ocupação massiva e irregular de áreas de risco, de preservação e ambientalmente frágeis, e 3) O aparecimento da segregação social em conjuntos implantados nas favelas urbanizadas. Entende-se que o senso comum de que existe um modelo de habitação e de espaço urbano e único especifico à população de baixa renda gera a formatação equivocada dos programas habitacionais e dos projetos para a habitação social no Brasil.
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