Abstract |
Articuladamente à “Década das Nações Unidas para a Alfabetização” (2003-2012), vêm-se elaborando e implementando no Brasil políticas públicas de educação e de alfabetização, cujos resultados indicam tanto a ruidosa conquista de alguns avanços, quanto o agravamento de muitos problemas históricos. Dentre esses, destacam-se os decorrentes do silenciamento da discussão em torno do conceito restrito e rudimentar de alfabetização, no qual, em consonância com o modelo político neoliberal, fundamentam-se as políticas educacionais e correspondentes “sistemas de avaliação” de habilidades e competências de leitura e escrita, as quais se espera que os alunos aprendam e que são definidoras da função do professor como mero “provedor de estratégias” para essa aprendizagem. Com base nessa hipótese, apresentam-se, em tom de balanço crítico, reflexões sobre a “Década da Alfabetização”, a fim de contribuir para a discussão de problemas e perspectivas para o ensino da leitura e da escrita no Brasil. |