Abstract |
O presente trabalho teve por objetivo principal analisar de que maneira os Fóruns de EJA do Distrito Federal (DF) e do Goiás (GO), seus respectivos sítios virtuais e o Portal dos Fóruns de EJA do Brasil contribuem com a educação política de estudantes de Pedagogia em espaços não escolares; e, concomitante a isso, identificar as práticas e os desafios de uma educação política, apoiada pelas tecnologias da informação e comunicação (TIC). Os Fóruns de EJA são uma nova configuração de movimento social na qual se constituem como coletivos organizados em três bases que se entrecruzam: dinâmica política territorial [municipal, estadual/distrital, regional e nacional], segmentos [educandos, educadores, movimento popular, sindicatos, universidades (estudantes e professores), gestores públicos, ONGs e Sistema S] e os temas da educação de jovens, adultos e idosos (EJA) trabalhadores: [educação profissional, indígena, quilombola, afro-brasileira, do campo, de gêneros, pessoas com necessidades educativas especiais e pessoas com deficiência, nas prisões, pescadores, ambiental e ribeirinhos, dentre outros]. O Portal nada mais é do que a extensão virtual desse coletivo, administrado por estudantes universitários, futuros pedagogos e demais licenciaturas, em sua maioria. Para a discussão de alguns temas e conceitos-chaves, a saber: educação política, movimentos sociais e TIC, os principais teóricos foram Manuel Castells (1999; 2003; 2013), Maria da Glória Gohn (2008; 2010; 2011), Paulo Freire (1996; 1997; 2011) e Pierre Lévy (1996; 1999; 2007). A natureza da pesquisa foi qualitativa, sendo a principal estratégia metodológica utilizada o estudo de caso, com pesquisa de campo exploratória e pesquisa documental. Realizei entrevistas individuais semiestruturas com oito integrantes do segmento universidade - quatro da Universidade de Brasília (UnB) e quatro da Universidade Federal de Goiás (UFG) - militantes da EJA trabalhadores em seus respectivos Fóruns: GTPA Fórum EJA/DF e Fórum de EJA de GO, locus da pesquisa. A partir de um roteiro contendo 21 itens de perguntas, uma aberta, foram criadas cinco categorias de análise: Sujeitos, Presencial, Práticas de Educação Política, Virtual e Práticas e Desafios. |