Abstract |
O processo de envelhecimento acarreta modificações morfofuncionais em todos os sistemas orgânicos, consequentemente observa-se uma diminuição da capacidade funcional nas faixas etárias mais avançadas da vida, estando esta relacionada à sobrevivência desta população. Em saúde pública, a capacidade funcional surge como um novo conceito de saúde, mais adequado para instrumentalizar e operacionalizar a atenção à saúde do idoso. Verificar a associação entre a capacidade funcional, fatores sócio demográficos e doenças crônicas; também estudar a sobrevivência de uma população de idosos residentes no município de Botucatu no interior do Estado de São Paulo (Brasil). Realizado análise dos dados da linha de base de um estudo de coorte iniciado em 2003 no Município de Botucatu - SP. Trabalhou-se com uma amostra estratificada da população, alocada aleatoriamente à partir do Cadastro de Atualização do Censo de 2000 e constituída por 364 indivíduos de 60 anos e mais para prevalência desconhecida. Tal estudo caracterizou os indivíduos com relação aos aspectos sociodemográficos, qualidade e estilo de vida, atividade física, estado emocional e morbidade referida. Retornou-se ao campo em 2006, quando foi proposto avaliação multifuncional destes mesmos idosos, com reposição das perdas (mortes e recusas). Foram aplicados neste retorno ao campo as escalas de Atividades da Vida Diária (AVD) de Katz; Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD) de Lawton; Depressão Geriátrica Abreviada, Mini Exame do Estado Mental - MEEM e Avaliação de Alcoolismo-CAGE. Em 2010 foi realizado ainda novo retorno ao campo objetivando estudar a sobrevivência desta população em relação à capacidade funcional nestes três anos. Constatamos que a prevalência de dependência funcional desta população estudada no ano de 2006 foi de 5,7% para ABVD´s e 14% para AIVD´s. |