Abstract |
O Sistema Único de Saúde (SUS), desde que foi criado, visa garantir o acesso universal aos serviços de saúde à sociedade brasileira. Decorrente da excessiva demanda, vem havendo uma maior inteiração de outros atores, que embora já previstos no SUS, passaram a ocupar maior espaço nesta relação. A saúde suplementar no Brasil, com seus planos de saúde, apresenta-se com um importante papel neste cenário. Este artigo objetiva analisar a distribuição dos planos de saúde em Santa Catarina e suas variáveis associadas, nos períodos de 2003 e 2008. Trata-se de um estudo transversal, onde foram analisados os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, realizadas nos anos de 2003 e 2008. Foi encontrada uma maior distribuição entre os homens; com mais de 20 anos de idade; mais ricos (Q5); com 12 ou mais anos de estudos; moradores da zona urbana; e que autorreferiram ter 2 ou mais doenças crônicas. Verificou-se ainda um aumento na desigualdade entre os beneficiários segundo o sexo e a renda familiar per capita e uma diminuição na desigualdade entre os beneficiários segundo a escolaridade, região de moradia e número de doenças crônicas, nos períodos analisados. Contudo, decorrente da necessidade de melhor mapear os diferentes subsistemas presentes no SUS e da falta de estudos versando sobre a realidade de Santa Catarina, sugere-se a realização de mais pesquisas sobre o tema. |