Abstract |
O Brasil, país considerado jovem até poucos anos, passa agora a contar com uma população que envelhece de forma acelerada e intensa. Os números nos informam sobre a extensão dos problemas e o número de pessoas com 60 anos ou mais na América Latina e Caribe sobe, atualmente, para 91 milhões. Destas, 14,5 milhões (9% da população total) estão no Brasil. Com a previsão de uma taxa de crescimento anual de 3,5% da população nas duas primeiras décadas deste século, o total de pessoas de 60 anos ou mais chegará a 194 milhões na região, estimando-se que o Brasil alcançará mais de 30 milhões, correspondendo à 6ª maior população idosa do mundo, sendo que 55% do contingente populacional brasileiro com mais de 60 anos é composto de mulheres. Números que constatam uma feminização do envelhecimento. Esta dimensão numérica nos diz que o crescimento do número de famílias nas quais existe pelo menos um idoso e o número de famílias com três gerações convivendo no mesmo domicílio caracterizam mudanças nos arranjos familiares brasileiros. A mulher, nesse novo arranjo, ocupa um lugar de destaque, assumindo o papel de chefes de família. Entre as regiões, as maiores participações de idosos de 60 anos ou mais estão no Sudeste e no Sul, seguidos do Nordeste, Centro-Oeste e do Norte urbano. Números que apontam que o envelhecimento e a velhice são desafios e oportunidades de crescimento e que por isso devem ser temas mais presentes nas discussões da primeira metade do terceiro milênio. |