Abstract |
O setor de saúde suplementar brasileiro operou desde os anos de 1940 sem regulação. Em 1998, o governo estabeleceu a regulação deste setor. A regulação melhorou o nível de cobertura dos planos de saúde, estabelecendo a ilimitação das consultas médicas. O objetivo deste trabalho é medir os efeitos – em particular da utilização de consultas médicas – da regulação do setor. Para isto, foram utilizados três métodos econométricos: regressão de Poisson, regressão binomial negativa e regressão quantílica dos dados de contagem. Os dados utilizados provêm da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios de 1998 (antes da regulação) e 2003 (depois da regulamentação). O estimador de diferenças-em-diferenças foi utilizado para estimar o impacto da regulação. Os resultados mostraram que os indivíduos com plano de saúde têm maior número de consultas, sugerindo a existência de risco moral e que após a regulamentação não aumentou o número de consultas médicas dos possuidores de plano de saúde.
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