Abstract |
Objetivos: Descrever a autopercepção de saúde e os fatores associados em idosos corresidentes e identificar suas características socioeconômicas e de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com 191 idosos corresidentes, com idade igual ou superior a 60 anos, assistidos pela Estratégia de Saúde da Família em um município do estado da Bahia. Foi aplicado um instrumento de coleta de dados contendo questões sociodemográficas, avaliação funcional, autorrelato de doenças crônicas e autopercepção de saúde. As análises foram feitas com base nas estatísticas descritiva e inferencial, com realização do teste qui-quadrado. Resultados: Constatou-se o predomínio de mulheres (62,8%), com mais de 70 anos (61,3%), casada (50,8%) e com filhos (92,7%). Os idosos mostraramse satisfeitos com o arranjo familiar em que viviam (96,6%), com a vida que tinham (85,8%) e acreditavam ser a corresidência vantajosa para eles e para a família (79,4%). Apresentaram autopercepção negativa de saúde (59,1%) e independência na realização de atividades da vida diária, tendo sido a hipertensão arterial (70,7%) a mais prevalente. Como fatores associados à autopercepção de saúde foram encontrados: “nível de ajuda para AIVD”, “presença de doença crônica”, “hipertensão arterial”, “doença cardíaca”, “reumatismo”, “doença de coluna” e “diabetes”. Conclusão: Observou-se que a maioria da população estudada apresenta autopercepção negativa de saúde, associada à existência de doenças crônicas. Apesar de ser uma avaliação subjetiva, a autopercepção de saúde é um importante instrumento para que se conheçam a situação global e o impacto que gera no bem-estar físico, social e mental. |