Ocupação, Renda e Acumulação de Capital Fixo Produtivo: As Condições Estruturais de Apropriação dos Dividendos Demográficos no Brasil

Type Conference Paper - Workshop on Population, Poverty and Inequality, Belo Horizonte MG
Title Ocupação, Renda e Acumulação de Capital Fixo Produtivo: As Condições Estruturais de Apropriação dos Dividendos Demográficos no Brasil
Author(s)
Publication (Day/Month/Year) 2007
Country/State Brazil
URL http://www.abep.nepo.unicamp.br/SeminarioPopulacaoPobrezaDesigualdade2007/docs/SemPopPob07_932.pdf
Abstract
Considerando-se que o coeficiente de emprego de uma economia é também função tanto do volume quanto das características tecnológicas do capital fixo produtivo disponível, o ritmo de crescimento desta variável passa a ser determinante para a ocupação e para a geração de renda. Uma condição incontornável para que o país possa apropriar-se dos dividendos demográficos, reduzindo seus níveis de pobreza. Ao manter excessivamente elevada a participação da renda financeira na renda disponível bruta brasileira, o atual modelo econômico brasileiro reduz as taxas de crescimento da ocupação porque mantém baixa a taxa de acumulação de capital, tornando incompatíveis as tendências de evolução da ocupação e da população economicamente ativa. As evidências empíricas mostram que o atual ritmo de crescimento do emprego tende a perpetuar as taxas elevadas de desocupação. Se o desemprego resulta de uma expansão da oferta de força de trabalho acima da demanda de mão-de-obra criada pelo estoque existente de bens de capital, os investimentos em capital humano serão ineficazes para elevar as taxas de ocupação e teriam pouco impacto sobre os níveis de desemprego e de pobreza. A sociedade estará simplesmente qualificando seus futuros desocupados e/ou promovendo movimentos migratórios em direção a países de renda mais elevada (“fuga de cérebros”). Infere-se do presente estudo que a pertinência dos debates sobre o “capital humano”, “capital social”, “nova economia” e “economia do conhecimento e da informação” não implica que a acumulação de capital fixo tenha se tornado uma variável irrelevante. Desde que o capital fixo produtivo e as qualificações do trabalho são freqüentemente complementares e o progresso técnico manifesta-se em novas máquinas e equipamentos, a acumulação de capital se torna uma pré-condição para que as outras variáveis relacionadas com a demanda de trabalho possam efetivamente atuar.

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