Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher PNDS 2006: Dimensões do Processo Reprodutivo e da Saúde da Criança

Type Book Section - Acesso a medicamentos
Title Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher PNDS 2006: Dimensões do Processo Reprodutivo e da Saúde da Criança
Author(s)
Publication (Day/Month/Year) 2006
Page numbers 279-295
Publisher Ministério da Saúde
Country/State Brasília
URL http://www.cebrap.org.br/v2/files/upload/biblioteca_virtual/BERQUO_ELZA_pnds_crianca_mulher.pdf#page​=280
Abstract
Objetivo: Analisar o acesso a medicamentos pela população feminina brasileira.

Métodos: Os dados referem-se aos resultados da Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS) de 2006. Amostra representativa de mulheres de 15-49 anos (N=15.573) foi entrevistada em seu domicílio, utilizando-se um questionário padronizado. O acesso foi avaliado como total, parcial (pelo menos um), ou não-acesso (nenhum) aos medicamentos, obtido pela declaração das mulheres para hipertensão, diabetes, bronquite/ asma, depressão/ansiedade/insônia, anemia, artrite/reumatismo e vulvovaginite. A análise da prevalência foi desagregada por faixa etária, situação de residência, macrorregião geográfica, escolaridade e cor da pele. A necessidade de medicamentos foi definida pelo período de 30 dias anteriores à entrevista. Associação entre prevalências das enfermidades e acesso aos medicamentos com as características sociodemográficas foram testadas pelo quiquadrado, considerando o plano amostral complexo e os pesos.

Resultados: As prevalências das enfermidades foram: anemia (26,6%), depressão/ansiedade/insônia (16,1%), hipertensão (11,8%), vulvovaginite (9,1%), bronquite/asma (7,8%), artrite/ reumatismo (5,2%) e diabetes (1,7%). Bronquite/asma e anemia apresentaram menores percentuais de necessidade de medicamentos (29,5% e 26,5%, respectivamente), enquanto os maiores foram diabetes (73,6%) e hipertensão (64,2%). O acesso total variou de 85,5% (bronquite/asma, artrite/reumatismo) a 93,0% (hipertensão), e o não-acesso de 2,2% (hipertensão) a 7,9% (artrite/reumatismo). Diferenças por macrorregiões foram observadas. O perfil das fontes de obtenção dos medicamentos variou entre as enfermidades. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi o principal fornecedor de medicamentos para diabetes, hipertensão e vulvovaginite. Nos casos da depressão/ansiedade/insônia, artrite/reumatismo e bronquite/asma, a rede de farmácias comerciais apresentou maior cobertura. O SUS foi responsável por 24,9% a 71,9% de acesso e as farmácias comerciais, por 23,0% a 68,4%.

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