Trabalho de Inquérito Agrícola 2005

Participaram no curso 308 pessoas dentre candidatos a inquiridores, controladores e digitadores.
Em todas províncias do país foi feita a recolha de dados no campo acompanhada pela digitação móvel exceptuando a província de Sofala que por motivos de falta meios materiais (Computadores - Laptops) não foi possível fazer a digitação no campo.

Alguns técnicos indicados como guias nos distritos, não faziam muito bem o trabalho, obrigando a brigada a realizar o trabalho de pré-avisos.

Alguns “guias locais” não conheciam os residentes, obrigando as brigadas a fazer um trabalho excessivo para a localização das famílias a inquirir.

Problemas levantados pelos guias locais relacionados com a alegada exiguidade do valor de 50.000 MT que lhes é pago pelos 3.5 dias de trabalho.

• Constatações Técnicas e Metodológicas
  Os inquiridores tiveram pequenas dificuldades nas primeiras entrevistas em termos de preenchimento de questionários e que foi superado pela assistência e a supervisão.
  Fraca qualidade de alguns inquiridores por serem inexperientes em trabalhos de género, o que obrigou a um redobrar de esforços por parte da equipa de assistência e Supervisão.

• Problemas de trocas de nomes dos agregados familiares.
  Contradição entre o questionário e o programa de entrada de dados.
  Dificuldades na localização dos AF´s nas UPA´s.
  Agregados familiares repetidos no painel.
  Inversão dos códigos das UPA´s.

• No Trabalho de Digitação
  Erros de inconsistências entre perguntas e entre secções que não eram detectados pela aplicação;
  Problema de alguns códigos que não eram reconhecidos;
  Caso de mensagens que vinham em inglês;
  Bloqueio de muitos campos que deviam conter informação;
  Espaços não correspondentes as do questionário isto é campos a mais em algumas secções e em outras, a menos;

• Logística
  A gestão logística do TIA-2005, teve características diferentes de acordo com diferentes etapas de trabalho. Assim:
  Houve insuficiência de tendas para acomodar as brigadas em todas as fases.
  Por razões provavelmente relacionadas com a planificação do TIA/2005, os brigadistas trabalharam sem alguns materiais básicos tais como: botas, mochilas, capas de chuva, medicamentos de primeiros socorros e até com tendas insuficientes, em todas províncias.

1. O valor das ajudas de custo para os inquiridores, era muito baixo comparado com o trabalho que era bastante duro;
2. Falta de bicicletas para uso nas UPA´s com dificuldades de vias acesso a viaturas.
3. O valor das ajudas de custos pago no âmbito do TIA era abaixo do estabelecido na tabela das ajudas de custo dos funcionários do aparelho do Estado, o que cria conflitos no seio do TIA, porque com 350.000,00 MT pagos a um DDA na sua deslocação à província para formação não é suficiente para pagar as despesas de alojamento e alimentação.

• Informática
  Aquisição do material informático não recomendado pelos técnicos da área atrasou e afectou a qualidade do trabalho.
  Falta de transporte no campo prejudicou o trabalho dos assistentes informáticos que acompanhavam as equipes móveis.
  Os questionários apareceram com problemas de preenchimento.

• Houve realização de um inquerito piloto.
  As entrevistas foram feitas em portugues e em algumas vezes nas linguas locais.
  O tempo médio para dar entrada de dados de um questionário foi de 15 minutos.