Auto-Relato e Relato de Informante Secundário na Avaliação da Saúde em Idosos

Type Journal Article - Rev Saúde Pública
Title Auto-Relato e Relato de Informante Secundário na Avaliação da Saúde em Idosos
Author(s)
Volume 44
Issue 6
Publication (Day/Month/Year) 2010
Page numbers 1120-1129
URL http://www.scielo.br/pdf/rsp/v44n6/1767.pdf
Abstract
OBJETIVO: Analisar se o modelo explicativo para a avaliação da saúde do idoso com base no auto-relato é comparável com o modelo de relato do informante secundário e se a auto-avaliação de saúde do informante secundário infl uencia a avaliação da saúde do idoso.

MÉTODOS: Estudo transversal com 230 pares idoso-informante secundário realizado em Belo Horizonte, MG, em 2007. Foram investigadas variáveis sociodemográfi cas e de saúde dos idosos por meio de entrevista estruturada. Utilizou-se regressão logística múltipla para analisar associação com autoavaliação da saúde do idoso como ruim e com as informações prestadas pelo informante secundário.

RESULTADOS: No modelo com base no auto-relato, a variável mais fortemente associada à avaliação da saúde do idoso como ruim foi a presença de restrições ou incapacidade para realizar atividades relacionadas à vida diária e/ou à mobilidade. No modelo baseado no informante secundário, a variável explicativa mais relevante foi o número de doenças crônicas apresentadas pelo idoso. Além disso, a chance de o informante secundário avaliar a saúde do idoso como ruim foi três vezes maior quando ele auto-avaliou sua saúde da mesma forma.

CONCLUSÕES: Os resultados mostram diferenças importantes entre o modelo da avaliação da saúde do idoso com base nas respostas do próprio indivíduo e nas do informante secundário. O idoso tende a valorizar suas restrições ou incapacidade de realizar atividades da vida diária/mobilidade, enquanto o informante secundário tende a valorizar o diagnóstico de doenças crônicas. O informante secundário com pior auto-avaliação da saúde apresenta chance quase três vezes maior de relatar a saúde do idoso da mesma forma. Assim, informações auto-relatadas refl etem melhor a condição de saúde do indivíduo do que se relatadas por informantes secundários.

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